O jornal Brasil Econômico, publicação da Ejesa que também edita os jornais O Dia, Meia Hora e Marca.BR, trouxe na edição do dia 21/05/2012 uma matéria sobre práticas de networking e o que fazer e não fazer para conseguir emprego e as gafes a evitar. A matéria teve colaboração do prof. Marcelo Miyashitaapontou e recomendou algumas boas práticas. Leia abaixo a matéria na íntegra. Use seus contatos profissionais de maneira elegante e sem exageros Insistências e envio de currículo em hora inadequada são considerados mau networking por especialistas Quando ainda era trainee, Ricardo Perez, 34 anos, diretor de marketing e comercial da TVA, costumava encontrar um grupo de funcionários de uma empresa na qual havia trabalhado anteriormente. Enquanto outros profissionais foram perdendo contato, o executivo manteve a agenda em dia. Este relacionamento fez com que um de seus ex-colegas o indicasse para uma vaga de gerente de forma inesperada. Resultado: ele foi contratado. “O relacionamento profissional é algo que é construído no dia a dia. Não se trata de buscar contatos apenas quando precisamos de algo”, aponta Perez. O comportamento do diretor é considerado correto por especialistas. Marcelo Miyashita, palestrante de networking e professor de MBA, aponta que relacionamentos de mão única não se sustentam. “Só valem para a prospecção de clientes.” Manter a rede profissional consiste em cultivá-la, usar palavras adequadas e, principalmente, enviar o currículo na hora certa. Pressão por favores e indicações e abordagens de pessoas que mal conhece são comportamentos a serem evitados.
O ideal, por exemplo, é esperar o momento que o contato peça o seu currículo. “Nunca o envie no primeiro contato. Prefira comunicar que saiu da empresa e está em busca de novas oportunidades. E não peça emprego, mas, sim, orientações”, aponta Jonas Tokarski, coach da Ricardo Xavier Recursos Humanos. O profissional também deve expandir sua rede inclusive com pessoas com cargos inferiores, algo que não é feito frequentemente por diretores. Em almoços ou cafés com contatos profissionais, falar apenas de trabalho é proibido. Quando o profissional busca se recolocar no mercado, melhor deixar o outro conduzir a conversa durante estes eventos. O networking é o método mais utilizado no Brasil, buscado por 83% dos executivos que estão a procura de nova colocação, segundo pesquisa da consultoria Right Management. Apesar dele ter uma importância muito grande, consultores apontam que o brasileiro ainda não tem a cultura de preservar sua rede profissional e usá-la de forma correta. “Todos buscam contatos na hora de mudar de posição, mas não usam bem as ferramentas, com coerência”, aponta Tokarski. Perez segue à risca estas regras e preserva sua rede profissional. Para ele, não há telefonema que substitua o contato pessoal e, sempre que possível, promove almoços de networking com ex-chefes, colegas, clientes e ex-funcionários. Nestas ocasiões, 90% dos assuntos são pessoais. O restante do tempo é utilizado para falar sobre momento profissional e mudanças no mercado de trabalho, inclusive de pessoas que os participantes conheçam. “Até mesmo para realimentar essa rede na sequência do evento”, explica. Para reforçar sua rede, Perez também participa de redes sociais. “Compartilho atividades que fazemos na empresa e que deram bons resultados, como convenções, e busco compartilhar conteúdo relevante sobre o segmento.” Miyashita acredita que dessa forma o contato acontece de forma mais natural. “Por conta desta exposição on-line as pessoas fazem contato de maneira mais espontânea. Ao gerar conteúdo, o profissional colabora e se torna útil para os outros. Esta é uma postura que deve ser mantida no networking”, ensina. O diretor da TVA já recebeu uma mensagem pelo LinkedIn de um profissional que o conhecia. Como ele o abordou da maneira correta, lembrando onde tinham se encontrado e que estava a procura de oportunidades, resolveu indicá-lo para uma vaga. “Hoje, ele trabalha ao meu lado e o considero meu braço direito”, completa.
|
Nosso negócio é promover e disseminar a prática de marketing pelo caminho da transmissão de conhecimento, aplicado em projetos e treinamentos.