A revista Criativa, publicação da Editora Globo, trata de estilo, cultura e comportamento. E também traz dicas de carreira. Na edição de Fevereiro 2012, a revistra apresenta uma matéria sobre comportamento em entrevistas de emprego e como se sair bem.
A matéria conta com opiniões do prof. Marcelo Miyashita. Leia a matéria na íntegra.
Especialistas ensinam como se sair bem diante das perguntas (e dos pedidos) mais comuns em uma entrevista de emprego
Julia Moióli. Foto: thinkstock
Fale sobre você.
É um pedido tão amplo que pode confundir até os mais experientes. Primeira dica: não aborde questões pessoais. De forma sucinta, conte como entrou no mercado de trabalho e sua trajetória. “Primeiro, se posicione: quem sou, o que faço e para que sirvo. Depois, defenda isso com realizações, formação e conhecimento”, resume Marcelo Miyashita, consultor da Miyashita Consulting e professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), em São Paulo.
Onde quer estar daqui a cinco anos?
Calma, o selecionador não espera uma resposta detalhada. A ideia é entender sua visão de futuro, saber como você equilibra suas ambições com a realidade e como planeja alcançar metas a curto e médio prazos. “Faça o dever de casa e informe-se sobre a companhia. Descubra como se dá o crescimento na organização e alinhe suas vontades a esse plano”, sugere Fernanda Campos, sócia-diretora da empresa de gestão de carreiras Mariaca e responsável pela plataforma M3 – Middle Management Recruiting, serviço para contratação de média gerência.
Qual sua relação com o trabalho em equipe?
“Como o trabalho em equipe é cada vez mais valorizado no mercado, esse tipo de pergunta busca saber como aquele profissional compartilha responsabilidades e informações”, afirma Daniella Correa, consultora de recursos humanos da Catho Online. Mentir ou recorrer a clichês para responder pode pôr tudo a perder. Cite momentos em que você, de fato, teve a chance de delegar tarefas e comunicar feedback.
Quais são seus pontos fortes e fracos?
Só aborde qualidades relacionadas à vaga e conte como as utiliza no trabalho. Ao falar de pontos fracos, use a tática da alavanca. “Aproveite para apresentar habilidades que deseja ter”, diz Miyashita. Citar seus exageros (“Sou autocrítica demais”) é uma opção, mas cuidado para não soar forçado – afinal, defeitos do tipo têm algo de positivo. E diga como ameniza o problema.
Isso é básico • Seja pontual. Isso indica seu interesse na vaga e sua capacidade de organização. Chegue até 15 minutos antes e, se tiver um imprevisto, avise logo.• Evite roupas curtas e decotes. Segundo pesquisa da Catho Online, a maioria dos recrutadores prefere que as candidatas usem calça e blazer. • Não cruze os braços. A postura pode sugerir que você não se sente confortável ali. Fontes: Daniella Correa (Catho Online) e Fernanda Campos (Mariaca) | ||
Por que saiu do último emprego?
Seja honesta e não se alongue no assunto. Bons exemplos: “Saí devido a uma reestruturação”, “Discordava do novo posicionamento da minha área” ou “Queria ampliar meus conhecimentos”. Mas jamais fale mal do antigo chefe ou da ex-empresa. “Isso não é profissional”, ressalta Elaine, da Right.
Por que quer trabalhar nesta organização?
“O que a atraiu: o produto, a estrutura, os valores, a vaga, as vantagens indicadas por amigos?”, questiona Elaine Saad, da consultoria Right Management. É esse o tipo de informação que a empresa deseja obter. O problema é quando parece que tudo o que você quer é um salário para colocar as contas em dia. Pesquise sobre a corporação e busque pontos positivos. Mas não exagere com frases como: “Sou fascinada pela área”.
Está disponível para viagens?
Elaine Saad sugere perguntar quais são as expectativas da empresa nesse sentido e explicar sua real situação. Se tem filhos, conte que isso pode trazer dificuldades, mas fique aberta para discussão. “Assim, suas restrições serão entendidas e as chances de dar certo aumentam.”
Qual é sua expectativa salarial?
Acredite, não há pegadinha na questão. “Mencione um valor e mostre-se aberta a negociações”, diz Daniella, da Catho. Ajuda pesquisar antes para saber faixas salariais compatíveis com a função. Ou revele seu último salário e peça para ouvir uma proposta.
Revista Criativa, edição 274, Fevereiro 2012, Editora Globo, p. 98 e 99 |
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